“Todo homem tem o direito de decidir seu
próprio destino.” (Bob Marley).
A música, assim como os livros,
são legados de histórias e acontecimentos políticos.
Em 06 de fevereiro de 1945, nasce
Robert Nesta Marley, um jamaicano pobre e como uns previam, com um futuro pouco
promissor - o lendário Bob Marley. E é na militância do movimento rastafári,
que nada mais é que um misto de religião e atitude política, que esse saudoso
personagem da história musical ganha destaque.
A religião rastafári prega a
sublevação da raça negra dominada pelos brancos. Sua noção de deus é de uma
divindade negra, que habita um paraíso que é dado como triunfo da raça e o
inferno é a própria Jamaica e mundo adjacente, Babilônia.
Para os políticos da época, Bob
era um paradoxo, pois pregava ideias revolucionárias demais para se encaixar em
um só ideal partidário, mas mesmo assim, optou por seguir os passos do
socialismo, que era a ideologia que mais se encaixava nos padrões do movimento
do qual fazia parte.
Em 1970 Marley encara sua música
como uma mensagem rastafári para se propagar pelo mundo. Apoiando os
socialistas, Bob é um grande nome na política e seu prestígio atrai milhares de
votos, sendo assim, vira alvo de perseguições políticas, essas que não o calam,
mas que o incentivam a pregar sua filosofia para uma melhor qualidade de vida
aos seus irmãos, o povo negro, que tanto sofria com a política elitista, com a
propagação de pensamentos de caráter dominante e tiranias sangrentas.
Seu som, o reggae - som de
protesto negro, ultrapassou barreiras internacionais e consolidou-se como um
dos dez ritmos mundiais de uma época e que até hoje ecoa no nosso dia-a-dia.
Forma musical que no princípio era somente uma exaltação a um movimento
religioso e que se tornou um impulso revolucionário.
Em 1981 falece vítima de câncer e
deixa como legado a esperança para um povo oprimido que passa a enxergar a
liberdade. Ainda hoje sua música é aclamada e respeitada por todo o mundo.
“Eles dizem que
o sol brilha para todos, mas para algumas pessoas no mundo ele nunca brilha.”
(Bob Marley).
E por falar em música, o sucesso
“Gangnam Style” do rapper sul-coreano Psy, não é somente um ritmo dançante, mas
uma paródia extremamente inteligente sobre a elite desinformada. Que assim como
diz a revista Rolling Stone – “primeiro artista coreano a romper um grande
recorde”, “Pop político?”. E o mais engraçado disso tudo é que embala
multidões, principalmente nos EUA, de uma elite não politizada que quer apenas
“curtir” o som, sem maiores discussões éticas. Mais uma vez bato na tecla de
que é necessário sim, discutir mais, analisar mais e ter uma visão crítica do
que a mídia e o consumismo em massa nos ofertam.
Um comentário:
Parabéns prima, adorei o texto. Muito bom.!!
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