sexta-feira, 13 de junho de 2014

DESABAFO



É lamentável ver uma maioria elitista vaiar uma presidenta que está engajada em exterminar a miséria e o vira-latismo em nosso país.
É lamentável ver uma elite, que deveria ser intelectualizada, pregando ódio em redes sociais pelo simples fato de não aceitarem a ascensão dos mais pobres.
É lamentável aceitar que vivemos em um país que hoje é a 8° economia do mundo e seu povo ainda vive usando o elevador de serviço achando ser inferior.
É lamentável ver que os que mais lucram com a economia e com a copa são os primeiros a incentivarem o ódio ao governo.
É lamentável viver em um país que seu povo não reconhece que uma criança deixando de passar fome e frequentando uma escola vale mais que qualquer balada ou Iphone.
Mesmo assim, amo meu país, amo o povo brasileiro e acredito sim que NOSSO país está cada vez melhor! Dilma de novo! Eu acredito. Eu confio. Vai fazer. Vai cuidar, vai amar cada brasileiro, embora nem todos deem o devido valor a isso!!!O que me consola é que estes são a minoria e a grande maioria do povo brasileiro está sim orgulhosa da nossa presidenta.

Resenha do livro Fortaleza Digital de Dan Brown



Resumo: Esta resenha visa apresentar o livro Digital Fortress do autor Dan Brown, lançado nos EUA em 1998 e com tradução para o português de Carlos Irineu Costa sob o título de Fortaleza Digital. No Brasil foi publicado pela editora Arqueiro, especializada em livros de aventura e suspense, assim como traduções de Best Sellers. O presente trabalho visa além de direcionar uma leitura crítica ao livro, compará-lo ao escândalo envolvendo o governo dos Estados Unidos da América e governantes de outros países que tiveram seus arquivos eletrônicos de correspondências e demais informações investigados pelo governo americano sem autorizações para tais quebra de sigilo.
Palavras-chave: Literatura Fantástica, Dan Brown, Sigilo Eletrônico, Literatura Contemporânea Americana, ciberespionagem.

            Fortaleza Digital é uma surpreendente aventura de uma bela matemática, Susan Fietcher, que como criptografa tem por objetivo encontrar a chave de um engenhoso código para evitar um desastre na história da NSA, Agência Nacional de Segurança Americana.
            Para narrar tal história o autor faz uso de um conflito envolvendo um funcionário que deseja vingar-se do país que cria um poderoso sistema de quebra de sigilo e envio de mensagens, estas que os EUA com o passar dos anos utilizou para espionar a segurança de outros países.
            Ensei Tankado, um deficiente com sua doença causada devido à radiação da bomba atômica no Japão tem por desejo único, vingar seu país pelo ocorrido na Segunda Guerra Mundial. Para isso ele cria o Fortaleza Digital. Aparentemente ele era um ótimo funcionário e por fim é expulso da NSA e resolve detonar sua “bomba”, uma pane no sistema que divulga todo o trabalho da agência.
            Como heróis, temos o casal Susan e David, noivos, que mesmo estando longe fisicamente pensam juntos e tentam solucionar o código que reprime a pane no sistema.
            Sob muito suspense e emoção, os protagonistas buscam a solução para o fim do problema, com apoio é claro, do presidente americano, este que por sua vez faz o papel de boa pessoa que pouco sabe o porquê de alguém querer se vingar de seu país.
            A trama envolve perseguição política, policial, missão na Espanha para encontrar o vilão, este que por sua vez morre em praça pública e deixa como legado um anel contendo uma dica para a senha. Senha esta que é decodificada pelo casal protagonista nos últimos segundos do prazo de detonação do vírus no sistema. Tal quebra no sistema, se detonada, permite que hackers do mundo todo invadam o espaço sigiloso de informações do governo, o sistema é composto por barreiras de proteção e a emocionante narrativa nos permite acompanhar a quebra de todas as barreiras até chegar à última que heroicamente é impedida de ser quebrada devido à inteligência e astúcia dos protagonistas.
            Ao nos depararmos com tal narrativa não há como não intertextualizá-la com o caso Edward Snowden, este que ocorreu no ano de 2013 onde um alto funcionário do governo americano expõe ao mundo seu trabalho desonesto a mando do governo americano. O agente em questão era um espião treinado para formar bases de arquivos para a NSA, a mesma agência de segurança citada no livro. Tal fato levou à fuga imediata de Edward, seguida de asilo na Rússia no mesmo ano.
            Dan Brown ao escrever sua narrativa, 15 anos antes de acontecer de fato o escândalo envolvendo a espionagem, não pode imaginar tal repercussão de sua fantasia em termos reais. Tal coincidência leva a crer que por mais fantástica que seja a ficção a sede de espionagem e as armadilhas governamentais podem imitá-la ou até mesmo superá-la.
            No momento de discussão da presente resenha divulgou-se na internet que no próximo mês (junho de 2014) será expirado o visto de asilo de Edward Snowden na Rússia e é claro que este caso voltará à tona nas manchetes de todo mundo sem ao menos lembrar-se que tal desfecho já fora previsto por um escritor americano anos antes. O que resta é esperar que não termine de forma tão emocionante, não causando tantas mortes como na ficção. É esperar pra ver. Enquanto não temos o desfecho podemos nos deliciar com o fascinante livro do famoso mestre dos livros de ação e suspense, Dan Brown.

Análise do lixo publicado pelo Rodrigo Constantino acerca do estupro na Veja. (Elas não merecem ser estupradas. Mas...)



Para analisar as condições de produção, antes de mais nada, neste texto, faz-se necessário retomar o conceito de ideologia, este que diz que a ideologia faz parte, ou melhor, é a condição para a constituição do sujeito e do sentido. O indivíduo é interpelado em sujeito pela ideologia para que se produza o dizer.
Seria natural apenas considerar que as condições que levariam à produção deste texto foi a pesquisa que divulga que muitos brasileiros pensam que o estupro é “merecido” quando as mulheres se comportam “mal”, pois bem, o texto foi embasado nesta pesquisa, que foi a condição de produção do mesmo, ou seja, o contexto imediato, porém no transcorrer da discussão o autor deixa bem claro suas ideologias, esta que por sua vez se mostram machistas e anti-governamentais. Aí vem a pergunta: será que o objetivo do texto é discorrer acerca da pesquisa ou apenas firmar argumentos preconceituosos ou de posição partidária?
Ao analisarmos as condições de produção, neste contexto, devemos lembrar um conceito chave que diz que as condições de produção são centradas na memória, esta que por sua vez, tem suas características quando pensada em relação ao discurso. E, nessa perspectiva, ela é trabalhada como interdiscurso.
As condições, neste texto, são as discussões e a polêmica envolvendo o que se pensa sobre o tema estupro. Além da ideologia já mencionada podemos observar um discurso preconceituoso ao retomar a memória do caso “Sakamoto” e “Huck” seguido de um pessimismo sobre o Brasil ao afirmar que há grandes chances de ser assaltado no país.
Além disso, ao usar o adjetivo “malandro” para firmar sua ideologia pessimista, o autor recupera a memória de discussões nos anos 90 que afirmavam que o PT, partido hoje no governo, era composto de sindicalistas malandros, estes que na voz do autor do texto presente criaram um país de otários, afirmando mais uma vez sua ideologia partidária, esta que ao meu ver é o eixo do discurso presente no texto ao considerarmos que o autor usa o tema estupro a favor de sua necessidade de discutir sua posição política reacionária.
Por fim, afirma-se mais uma vez sua ideologia machista sugerindo que as mulheres deveriam ser mais recatadas, sem deixar  de, em suas considerações finais, usar mais uma vez seu discurso reacionário, ironizando o governo do Brasil e suas políticas públicas.