Ideologia,
aspecto imanente do ser humano, que assim como a linguagem está inserido em
nossas manifestações.
E por essa
ideologia, que muitos jovens buscaram seus direitos e do seu país durante o
Regime Militar, período vergonhoso que atrasou em 21 anos a “ordem e
progresso”, estampada com tanto orgulho em nossa bandeira.
Em 1979, surge
a Lei de Anistia, essa que possibilita a volta dos presos políticos ao nosso
país, mas que também “limpa a imagem” dos maiores vilões do período – os
torturadores.
A anistia aos
perseguidos políticos da Ditadura Militar brasileira, dado como bandidos que
ameaçavam a segurança e a ordem, enquanto na verdade eram jovens em busca de um
país justo e democrático, nada mais foi que uma obrigação cumprida por um
governo elitista, individualista e dotado de uma mediocridade generalizada
A primeira a
“voltar para casa” foi Dulce Maia, que passou 10 anos no exílio e como se não
bastasse, ainda foi banida e declarada morta. Hoje, aos 70 anos, após ter
sofrido meses de tortura e ter sido exilada, ainda encontra forças para se
dedicar à questão ecológica, com trabalhos relacionados ao Parque Nacional de
Bocaína e ao do Itatiaia, nos serve de exemplo de força e coragem para lutar em
prol de nossas ideologias.
E é nesse
contexto que a pergunta não cala: Não vão pedir desculpas?
Toda uma
geração foi perseguida, desrespeitada e marginalizada por um único motivo: a
necessidade de lutar pelos direitos de seu país, e as forças armadas em nenhum
momento se propôs a abrir seus arquivos ou apenas formalizar um pedido de
desculpas.
Enquanto isso,
vejo uma pequena porcentagem de jovem mal intencionados em redes sociais
pedindo a volta da ditadura. Que motivos os levam a tal pensamento? Seria uma
falta de ideologia ou a simples falta de conhecimento da dor e do atraso que o
Brasil sofreu com esse período?
Ao invés desse
pensamento utópico e prematuro, insisto em afirmar que necessitamos de uma luta
diferencial, onde os jovens tenham voz ativa e ideologia política diferenciada,
somada a valores não elitistas ou ditatoriais, mas que preze o Ser Humano e o
bem estar comunitário.
“Nossa luta tem que ser
feita por nós. Só nós é que podemos nos libertar.” (Karl Marx)
“E é a você, somente a você, que dedico minha formação ideológica e toda
a crença em um mundo melhor e mais humanizado, é a você mãe, que me apresentou
todos os princípios que sigo lutando em prol até hoje, que oferto, na semana de
seu aniversário, essa coluna em agradecimento a sua história de vida e
militância política que tanto admiro, maior herança que um filho pode ter.”
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