“Ao longo da história, as pessoas têm
vivido na pobreza e na miséria, foram atormentadas, foram degradadas pela fome
e a ignorância, e foram conduzidas às guerras. Entretanto, nem tudo ficou
igual: a diferença é que temos adquirido maior conhecimento.”. (Olof Palme)
Mais que um revolucionário, a personalidade retratada hoje se
tornou um mito quando se fala em liberdade e política não só na América Latina
como no mundo.
Trata-se de Ernesto Guevara de La Serna, um jovem argentino,
nascido em Rosário, filho de provincianos e com um espírito aventureiro
notório. Forma-se em medicina em 1953 em Buenos Aires, capital de seu país e
resolve percorrer a América Latina ajudando os mais necessitados com o auxílio
dos conhecimentos adquiridos durante sua formação. Especialista em alergia, por
ironia portador de asma, resolve ir fixar moradia na Venezuela e trabalhar na
cidade de Granados, porém, no caminho encontra a Bolívia em plena fase de
Revolução o que o faz passar um tempo no país para conhecê-lo, embora ainda não
possuísse nenhum vínculo ideológico político, para então seguir viagem para seu
destino inicial: Granados. Mais uma vez seu percurso é desviado, chegando
então, na noite de natal de 1953 à Guatemala, trabalhou dando assistência
médica aos indígenas e, por conseguinte fixa seu trabalho em um posto médico na
capital.
A partir de então inicia sua jornada política, sendo expulso
do país, buscando proteção na Embaixada argentina e por fim se deslocando para
o México, país de grande valia para o revolucionário, pois é lá que conhece sua
primeira esposa, Raúl Castro e por consequência dessa amizade, seu irmão Fidel
Castro, outro mito revolucionário mundial.
A partir de sua amizade com Fidel, nosso líder aprende a usar
a guerrilha como forma revolucionária, assim como aperfeiçoa seus ideais
políticos.
Participou com grande mérito da Revolução Cubana e teve seu
nome nos mais altos cargos na formação da política socialista no país. Foi
ministro, sendo que nunca usou seu cargo para exaltar-se, pelo contrário, nunca
deixou de participar dos trabalhos voluntários, desde as obras do governo ou de
um simples cidadão até o trabalho no corte de cana.
Após esse longo período de reestruturação política em Cuba,
da participação em conferências da ONU (Organização das Nações Unidas), Che, já
no ano de 1965, desaparece da vida pública e renuncia todas as suas funções no
governo e partido cubano para participar das guerrilhas para libertação dos
países da América Latina, fixando seus objetivos na Bolívia, enfrentando então
sua última batalha.
“Não há experiência mais profunda para o revolucionário de que o ato da
guerra.”
Sua morte foi confirmada em 18 de outubro de 1967, gerando
uma comoção mundial, saindo então, como diria Getúlio Vargas, da vida para
entrar para história.
Che Guevara, o mito, nosso herói Latino Americano nos
presenteou com um legado de lutas e ideologias que nenhum outro poderia nos
deixar, sua força e seu enorme medo de morrer como um burocrata nos enfatiza a
verdadeira necessidade de viver por uma causa. Faleceu como um guerrilheiro, de
arma na mão lutando por seus objetivos, mais que um exemplo de força
ideológica, um homem para ser lembrando sempre que se fala em LUTA! Verdadeiro
revolucionário, aquele que abdicou do luxo que a profissão poderia ter lhe
trazido em seu país para gritar por dignidade para as gerações de latinos que o
sucederam.
“Muitos me chamarão de aventureiro e
o sou, só que de um tipo diferente: dos que entregam a pele para provar suas
verdades.”. (Che Guevara – da última carta ao país.).
Curiosidade: O apelido
Che, que é o que todos usam para identificá-lo, surgiu da expressão dos pampas
que o jovem tanto usava, unindo-se ao seu sobrenome Guevara, torna-se um dos
nomes mais citados na história política mundial.
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